Ronaldo Brasiliense
Dados do Fórum Nacional de Segurança Pública, publicados hoje, 20/07, no Anuário Brasileiro, sobre homicídios no Brasil não deixam margem para dúvidas sobre o aumento da violência por todo o Pará.
Foram 2.964 mortes violentas intencionais em 2021 e outras 2.997 mortes em 2022, segundo a própria Secretaria de Estado de Segurança Pública do Pará (Segup).
Altamira, na região de influencia da Transamazônica; Marabá e Parauapebas, na região sudeste, Paragominas, na Belém – Brasília, Castanhal, na região Nordeste, Itaituba, na região sudoeste,e Marituba, na região metropolitana de Belém, aparecem entre as 50 cidades mais violentas do Brasil.
Conhecido marqueteiro, o governador Helder Barbalho (MDB) parece ser um fiel seguidor da máxima criada pelo embaixador e ex-ministro da Fazenda, Rubem Ricupero: – “O que é bom a gente divulga, o que é ruim a gente esconde”. Então, não espere ver publicados amanhã esses números sobre o crescimento da violência no Estado nas páginas do Diário do Pará.
Também não vai ver que sete municípios paraenses com mais de 100 mil habitantes estão entre os 50 mais violentos do Brasil.
São eles: Altamira, na 7 º posição; Itaituba, 15 º; Marabá, 26 º; Paragominas, 32 º; Parauapebas, 35 º; Castanhal, 45 º; e Marituba, 50 º.
Das cinco regiões do país, três tiveram alta nas mortes violentas intencionais: Sul (3,4%), Norte (2,7%) e Centro-Oeste (0,8%). As quedas ocorreram no Nordeste (-4,5%) e no Sudeste (-2%), o que puxou a redução geral dos números em todo o país.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou em rede social uma lista de ações planejadas pelo governo para lidar com o aumento de crimes violentos, como o estupro, e de casos de estelionato e racismo. Dino fala em “plano específico para a Amazônia” e controle de armas para combater alta da violência.
Seis Estados do Nordeste e seis do Norte estão entre os 12 mais violentos do Brasil, de acordo com informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira, 20, baseado nos mais recentes dados de registros criminais do país (em 2022). O Amapá, do Norte, tem a maior taxa de assassinatos por 100 mil habitantes (50,6), seguido por Bahia, Amazonas, Alagoas, Pernambuco, Pará, Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe, Rondônia, Roraima e Tocantins.
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