
Ronaldo Brasiliense
No meio do caminho do Helder havia um Barbalho; havia um Barbalho no meio do caminho dos planos do governador. E seu nome é Jader Barbalho (MDB), seu pai, de 80 anos, duas vezes governador do Pará, que já teria batido o martelo e decidido: será candidato à reeleição ao Senado em 2026, o que é do seu direito.
Helder Barbalho (MDB) planejava outro cenário para a política paraense em 2026, onde reservou uma das duas vagas ao Senado para ele mesmo e a disputa do governo do Estado para sua fiel discípula, a vice-governadora Hana Ghassan – que assumirá o cargo em abril de 2026 e, reeleita, ficaria no governo até 31 de dezembro de 2030, quando o otimista Helder Barbalho voltaria, pelo voto soberano do eleitor paraense, ao comando do governo do Pará, pela terceira vez.
No tabuleiro de xadrez da política do Pará, Helder sabe que seu MDB pode sofrer um xeque mate se insistir em lançar dois Barbalhos na disputa das duas vagas ofertadas em outubro de 2026, fazendo prevalecer uma hegemonia nefasta sobre partidos aliados como o União Progressista, do ministro do Turismo Celso Sabino, e mesmo sobre o PT, do presidente Lula, aliado histórico, comandado no Pará pelo senador Beto Faro e sua fidelidade canina ao governador.
Helder Barbalho só esqueceu de combinar com o principal zagueiro russo, seu pai Jader Barbalho, que já deu entrevista lembrando que está apto a exercer um novo mandato de oito anos no Senado da República. A teimosia de Jader em concorrer mais uma vez ao Senado por certo garantirá um, digamos assim, efeito dominó na família Barbalho, com a recandidatura da deputada federal Elcione Barbalho (MDB), oitenta anos, que pode ser um entrave para o sonho do filho mais velho dos Barbalhos – Jaderzinho Filho – de sair das urnas como o deputado federal mais votado da história do Pará, credenciando-se a vôos mais altos em 2030, como a disputa do governo do Pará. O que, também, não está nos planos de Helder.
Mas, aí, já são outros quinhentos…
Faça um comentário