
Ronaldo Brasiliense
O governador Helder Barbalho (MDB) trata sua sucessão em 2026 como um jogo de cartas marcadas, onde a vice-governadora Hana Ghassan (MDB) vai chegar na reta final da eleição disparada na frente, para vencer de goleada, no primeiro turno.
Não será bem assim
Primeiro, que, apesar de todo o seu empenho por todo o Pará, participando até de batizado de cachorro, Hana não consegue se destacar nas pesquisas registradas e publicadas, aparecendo em todas elas atrás do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), e em muitas delas atrás ou tecnicamente empatada com o ex-governador Simão Jatene (sem partido) ou com o deputado federal Delegado Éder Mauro (PL), o pré-candidato da extrema-direita ao governo.
Nem o escancarado uso da máquina pública do Estado, carregando Hana Ghassan, com inaugurações, aviões, carros, segurança e transporte de cabos eleitorais – sob o olhar complacente do Ministério Público Eleitoral – consegue dar alguma segurança ao governador de que fará seu sucessor sem dificuldades.
Helder Barbalho ainda precisa usar sua lábia para convencer alguns zagueiros russos a facilitar os dribles de Hana Ghassan rumo ao Palácio dos despachos.
Ainda não sabe, por exemplo, o que tem a oferecer ao deputado federal licenciado e ministro do Turismo, Celso Sabino – muito bem avaliado no governo Lula. Agora presidente no Pará da mais poderosa Federação política do país, a União Progressista, fusão dos partidos União Brasil e Progressistas, Celso Sabino de Oliveira sonha com vôos mais altos.
Federação Fortalece Celso Sabino
A formalização da Federação União Progressista, unindo os partidos União Brasil e Progressistas que consolidou o novo grupo como maior força do Congresso Nacional, com 109 deputados federais e 14 senadores, pode impactar a correlação de forças para as eleições de 2026, no Pará.
Sai mais fortalecido o nome do ministro paraense do Turismo, Celso Sabino, que vai presidir a Federação no Pará. Sabino defende a permanência da União Progressista no governo Lula, com apoio à reeleição do presidente petista, o que ainda não foi decidido pela nova Federação formada, que pode vir a optar por candidatura própria para presidente da República no ano que vem.
Além de ter direito a uma fatia maior do bolo do fundo partidário, a União Progressista passa a ser a segunda forças política do Pará, atrás apenas do MDB, o que pode garantir vôos mais altos para Celso Sabino nas eleições de 2026, com a possibilidade de pleitear uma das duas vagas em disputa para o Senado da República, com o fim dos mandatos dos senadores Jader Barbalho (MDB) e Zequinha Marinho (Podemos).
No Pará, o Progressistas é comandado pelo grupo político do prefeito de Barcarena, Renato Ogawa, que íntegra a base de sustentação política do governo Helder Barbalho, enquanto o União Brasil segue a liderança do ministro Celso Sabino, que ao assumir o comando da nova federação política se fortalece para a eleição do ano que vem.
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