Ronaldo Brasiliense
17/07/2023
Com apenas seis meses e 10 dias de seu segundo mandato, o governador Helder Barbalho (MDB) decidiu antecipar sua sucessão e lançou, em ato público em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, a candidatura da sua vice Hana Ghassan (MDB) ao governo do Pará nas eleições de outubro de 2026.
“Quem quiser seguir com o projeto, estamos juntos; quem não quiser que busque suas melhoras”, sugeriu o governador, curto e certeiro.
O recado não poderia ter sido mais claro: ao lado de Helder Barbalho estava o popular prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (MDB), que até as árvores de ananin sabem que, se reeleito prefeito de Ananindeua ano que vem, vai querer disputar a sucessão de Helder em 2026.
Quem também ouviu a ordem unida foi o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Francisco Mello, o Chicão (MDB), aliado de primeira hora, que nos bastidores também sonhava com a sucessão no governo, mas já ficaria feliz em ser indicado para disputar uma vaga ao Senado.
O recado também foi para o PT que, com Lula presidente, sonha em retomar o governo do Pará que perdeu em 2010, com a não reeleição de Ana Júlia Carepa.
Ao lançar Hana Ghassan ao governo – “será a futura governadora do Pará”, anunciou Helder Barbalho, o governador também antecipou que deverá se desincompatibilizar do governo em abril de 2026, provavelmente para disputar uma das duas vagas em disputa para o Senado da República, uma delas ocupada atualmente pelo seu quase octagenário pai, Jader Barbalho (MDB), e a outra pelo senador Zequinha Marinho (Podemos).
Nota coordenada I
Sucessão em Belém vai devagar, quase parando
A 15 meses da eleição municipal, a sucessão do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) aparentemente ainda não entrou na pauta do governador Helder Barbalho (MDB), cujo partido não governa a capital dos paraenses desde a década de 80, do século XX.
No campo governista disputam a indicação o deputado e atualmente secretário de Estado de Cidadania, o primo Igor Normando; a secretária de Estado de Cultura, Úrsula Vidal, e o vereador Zeca Pirão, presidente da Câmara Municipal de Belém.
Existe uma remota hipótese de o governador Helder Barbalho apoiar a reeleição de Edmilson Rodrigues – que ajudou a eleger em 2020 – mas, nessa, nem os urubus do Ver-o-Peso acreditam mais.
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