
Um levantamento recente do projeto “Sede de Aprender”, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), revela um cenário alarmante: o Pará é o Estado com a pior infraestrutura escolar do Brasil no que diz respeito ao acesso à água potável e a banheiros.
Enquanto o Distrito Federal se destaca como a única unidade da federação com 100% de suas escolas equipadas com ambos os recursos, 1.949 escolas paraenses operam sem água potável e 1.358 não possuem sequer sanitários.
Os dados, compilados a partir do Censo Escolar de 2024 em parceria com a Atricon e o IRB, mostram que, em todo o Brasil, 6.658 escolas de educação básica funcionam sem acesso à água potável e 4.925 não têm banheiros. Isso afeta diretamente 744 mil crianças e adolescentes sem água adequada e 458 mil estudantes sem acesso a instalações sanitárias básicas.
A pesquisa expõe uma grave desigualdade na infraestrutura educacional do país. No Pará, a situação é a mais crítica:
A pior Infraestrutura de água: O Pará lidera o ranking de falta de água potável, com 1.949 escolas afetadas. O Maranhão (1.108 escolas) e a Bahia (755 escolas) vêm em seguida.
O Pará também tem a pior infraestrutura de banheiros: Neste quesito – banheiros -, o Pará também ocupa a primeira posição, com 1.358 escolas sem sanitários. São Paulo (985) e Amazonas (906) completam o
Pódio dos piores.
Em termos percentuais, o levantamento indica que 3,67% das 181.065 escolas de educação básica do país operam sem água própria para consumo. Além disso, 2,72% das instituições de ensino não têm banheiros sanitários. Esses números ressaltam a urgência de investimentos e políticas públicas para garantir condições mínimas de higiene e saúde nas escolas, elementos fundamentais para o desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes.
A discrepância regional, com o Pará no extremo oposto do Distrito Federal e de Alagoas, evidencia a necessidade de um olhar mais atento para as regiões Norte e Nordeste, onde a carência de infraestrutura básica nas escolas ainda é um desafio a ser superado para assegurar o direito à educação de qualidade para todos.
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