Se não houver acidentes de percurso, de última hora, o deputadao federal paraense Celso Sabino deverá ser nomeado ministro do Turismo pelo presidente Lula, preenchendo vaga do partido União-Brasil e por indicação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Cotado para a Esplanada dos Ministérios, Celso Sabino foi um fiel aliado do governo anterior, de Jair Bolsonaro. Ele deverá comandar o Ministério do Turismo no lugar da deputada federal Daniela Carneiro (União-RJ), e não esconde a proximidade com o presidente Arthur Lira (PP-AL) e nem o passado de alinhamento ao bolsonarismo.
Ministro do Turismo, Sabino poderá ser decisivo para garantir o suporte necessário para dotar Belém dos equipamentos necessários para abrigar a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 30, em novembro de 2025, e mesmo viabilizar sua candidatura a prefeito de Belém, ano que vem.
Se confirmada a mudança, Sabino assumiria a pasta para atender, também, a um pedido do líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA). Uma eventual troca na cadeira ocupada por Daniela Carneiro, uma das duas parlamentares do União Brasil na Esplanada dos Ministérios, poderia amenizar atritos na Câmara sem desagradar o senador Davi Alcolumbre (União-AP) que articulou as indicações dos ministros Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional). Filiado ao União Brasil desde a fundação do partido, em 2022, Sabino demonstrou postura dúbia em relação ao governo Lula em votações sensíveis.
Na semana passada, foi favorável à Medida Provisória dos Ministérios, pauta prioritária do Planalto, e também votou para chancelar o texto-base do arcabouço fiscal, cuja aprovação contou com a articulação de Lira na Câmara.
semana passada, Sabino foi favorável à Medida Provisória dos Ministérios, pauta prioritária do Planalto, e também votou para chancelar o texto-base do arcabouço fiscal, cuja aprovação contou com a articulação de Lira na Câmara. Sabino, no entanto, se alinhou à oposição na discussão do projeto que define um marco temporal para a demarcação de terras indígenas, uma das mais recentes derrotas do governo junto ao Congresso.
Em 2021, Celso Sabino ocupou um cargo de destaque na Câmara ao presidir a Comissão Mista de Orçamento, responsável por discutir a proposta enviada pelo Executivo e realizar alterações de olho em demandas das bancadas e do governo. À época já estavam valendo os repasses das emendas de relator, instrumento conhecido como orçamento secreto.
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