Em julho de 2008, a avaliação do prefeito de Belém, à época, Duciomar Costa, era péssima. Mas, em outubro, três meses depois, ele se reelegeu. A história se repetiu em 2016, com o prefeito de então, Zenaldo Coutinho, que mesmo tendo alta rejeição ganhou nas urnas um segundo mandato, e governou a capital dos paraenses até 31 de dezembro de 2020.
É confiando na história recente – neste século – das eleições em Belém do Pará que o atual prefeito, Edmílson Rodrigues (PSOL), acredita que, mesmo com sua popularidade caindo pelas tabelas, com alta rejeição, possa se reeleger em outubro do ano que vem.
Pelos cálculos de seus principais conselheiros, Edmilson precisa simplesmente contar com o apoio do presidente Lula e seu PT; do governador Helder Barbalho e seu MDB, executar e inaugurar obras de grande porte nos próximos dez meses e, ainda, contar com um anunciado racha da direita com a extrema direita, que se prenuncia em Belém.
Sim, parece não haver mais dúvidas de que o deputado federal Delegado Eder Mauro (PL) será o candidato do grupo Bolsonarista, assim como é certa a candidatura do delegado federal Everaldo Eguchi, que ficou em segundo lugar nas eleições de 2020 em Belém, derrotado por Edmilson Rodrigues no segundo turno.
Edmilson acredita que possa manejar com destreza uma receita orçamentária prevista para 2024 em R$ 5,3 bilhões, recursos que virão da cobrança de impostos e taxas, prestação de serviços, transferências constitucionais e operações de crédito com instituições bancárias.
Desse total estimado, 78,1% serão para despesas correntes, como custeio de pessoal e encargos sociais, pagamentos de juros e amortização da dívida pública, além de investimentos em obras e serviços. Outros 15% dos recursos estarão garantidos para a área de saúde, que, somados a mais 8% de receita complementar, elevam para 23% os gastos, perfazendo um total de R$ 652,5 milhões. Também garantirá 25% das receitas de impostos e transferências para a educação no município, o equivalente a R$ 800 milhões.
Ah, sim: Edmilson Rodrigues também terá que rezar, e muito, para que o “inverno amazônico”, que vem por aí, seja com poucas chuvas. Inundações em Belém de dezembro a maio podem levar para o fundo dos canais abarrotados de lixo da capital o sonho da reeleição.
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