A Petrobras anuncia que vai iniciar os trabalhos de desmobilização da sonda e dos recursos destinados à campanha de perfuração no FZA-M-59, na costa atlântica do Amapá após a negativa do Ibama para o projeto para perfurar um poço pioneiro em águas profundas a 500 km da foz do rio Amazonas.
“Os procedimentos de desmobilização estão em andamento e a sonda estará apta a navegar nos próximos dias em direção à região Sudeste, onde será alocada em outras atividades da companhia”, disse a Petrobras, em nota.
A desmobilização havia sido anunciada em 18 de maio, após a decisão do órgão ambiental. No dia 25 de maio a Petrobras entrou no Ibama com um pedido de reconsideração da decisão, que não saiu até agora.
A intenção da estatal era realizar uma simulação de uma situação de emergência, o que foi negado pelo Ibama, que julgou que a atividade é inviável do ponto de vista ambiental.
De olho nos royalties da exploração petrolífera na Margem Equatorial, governadores de oito Estados da Amazônia Legal assinaram uma carta de apoio à empreitada da Petrobras para perfurar na foz do Amazonas, cujo projeto teve a licença ambiental negada pelo Ibama. Querem, com o apoio do presidente Lula, uma virada de mesa.
O grupo de governadores compõe o Consórcio Interestadual Amazônia Legal, favorável às pesquisas da Petrobrás.
Comandam Estados que serão diretamente impactados pelo empreendimento. São eles: Clécio Luís (PSD, Amapá) e Helder Barbalho (MDB, Pará) -, que puxam a lista de assinaturas.
A dupla recebeu o apoio formal de outros seis: Gladson Cameli (PP, Acre), Wilson Lima (União Brasil, Amazonas), Antonio Denarium (PP, Roraima), Carlos Brandão (PSB, Maranhão), Wanderlei Barbosa (Republicanos, Tocantins) e Mauro Mendes (União Brasil, Mato Grosso).
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